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Por que sua cafeteria deve usar leite vegetal

Com o crescimento do veganismo, além das alergias e intolerâncias à lactose (açúcar presente no leite), o leite vegetal tem ganhado espaço no gosto do consumidor. E claro que se a sua cafeteria trabalhar com essa possibilidade, você e seu negócio têm muito a ganhar em termos de atendimento ao cliente expertise.

Saiba que é sim possível fazer um capuccino delicioso usando leite vegetal, sem perder as características únicas do café especial utilizado. Porém, é importante encontrar o tipo que vai combinar melhor com as nuances do grão, para que ele não se sobreponha ao sabor do café.

Benefícios e variedades do leite vegetal

Além de atender aos veganos, alérgicos e intolerantes, o leite vegetal possui menos colesterol por não ser um produto de origem animal. Ele também tem uma variedade de sabores incrível. Então o consumidor pode buscar o que mais lhe agrada.

O mais comum é o leite de soja industrializado para ser usado em cappuccino e outros cafés clássicos. Mas ainda há a possibilidade de se fazer leite amêndoas, avelã, coco, castanha de caju, amendoim, aveia e inhame. 

Esses dois últimos dão origem a um leite vegetal com textura grossa. É indicado usá-los como base para smoothies.

Qual é o melhor leite vegetal para minha cafeteria?

Vamos analisar as opções e ponderar suas forças e fraquezas, de acordo com os testes feitos pela instrutora Flávia Schiochet, com diluições que variam para cada leite vegetal e que se for feito com outras receitas/diluições a análise abaixo pode não ser a melhor para o seu caso. 

Nos nossos testes usamos nosso café orgânico, de variedade Arara, cultivado a 1.300 m de altura, com notas mel e flor de laranjeira.

Leite de soja

Como base, é intuitivo ao menos ter o leite de soja. Mas não é sempre que ele cria uma boa textura com café, depende da destreza do barista, que precisa controlar bem o giro do leite na pitcher (leiteira usada para vaporização de leite), e da marca do leite.

Possui 75% mais antioxidante se comparado ao leite de vaca. Além de ser rico em gordura insaturada e fibra, esse é o leite vegetal que tem mais proteína. Tem gosto de nozes, não combina com cafés de notas frutadas.

Segundo Flávia Schiochet, nossa instrutora do Curso de Leites Vegetais, o melhor custo-benefício do leite de soja é comprá-lo industrializado, pois fazer é mais trabalhoso. “Enquanto os leites vegetais de oleaginosas precisam de um liquidificador, uma peneira cônica ou voil e água fervente, para fazer leite de soja, uma leguminosa parente do feijão, é necessário uma panela, deixar os grãos de molho, cozinhá-los, moê-los, e coá-los”, explica.

Leite de amêndoas

Tem um baixo teor proteico e sabor adocicado e é bom para beber sozinho. O leite de amêndoas não incorpora tão bem ao café quanto as outras opções. Esse leite vegetal combina com torras claras e não deve ser combinado com cafés mais ácidos.

Fizemos na proporção de 1g de amêndoas cruas para 4g de água.

Leite de aveia

Seu sabor é mais neutro, que não se sobrepõe ao café. Também combina melhor com cafés de torras mais claras. Esse leite vegetal é feito com aveia em flocos finas deixada de molho por meia hora e depois batidos no liquidificador. É estável em alta temperatura e cremoso, além de ser uma opção econômica para uso em cafeterias

Leite de coco

Mais cremoso e encorpado, o leite de coco tem uma textura mais similar ao leite animal, mas possui um sabor marcante e grande quantidade de gordura saturada. Na combinação com café pode apresentar um sabor que sobressai na bebida a ser preparada.

Fizemos na proporção de 1g de coco seco para 7g de água.

Leite de avelã e castanha de caju

Enquanto a avelã tem um sabor mais forte que marca mais no sabor do café, o leite de castanha de caju é mais suave.

O leite de avelã torrada foi feito na proporção de 1:6,5, e o de castanha de caju na 1:15.

Leite de amendoim

Tem a grande vantagem de ser mais econômico para uso na cafeteria, entretanto seu sabor é marcante (se for feito com amendoim cru), quando combinado ao café para o preparo do cappuccino, por exemplo. Já quando feito com amendoim tostado, e conforme a diluição em água, o sabor fica mais suave e pode ser uma boa combinação para o seu café. Um ponto negativo seria o fato de que algumas pessoas são alérgicas.

Proporção de 1:8, sendo que o amendoim foi levemente torrado.

Lembre-se:

É necessário testar o leite vegetal conforme o café que é usado na sua cafeteria. Faça a sua  receita de leite vegetal, avalie o resultado que irá encontrar na xícara. 

Nossa análise é com base no que testamos e pode ser diferente dos seus achados. 

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Como fazer um leite vegetal

Conforme falamos anteriormente, é melhor adquirir o leite de soja pronto. Aqui vamos te ensinar a fazer os leites de oleaginosas. Essas dicas são da instrutora Flávia Schiochet.

1. Deixe a oleaginosa escolhida de molho por pelo menos quatro horas e descarte a água. Lave-as e, se estiver usando amêndoas, dê um choque térmico em água quente para soltarem da pele. 

Se estiver usando avelã, troque o processo de demolha pela torra em frigideira sem óleo ou no forno, sempre em temperatura baixa e mexendo com frequência para tostar homogeneamente e não queimar. Tire a pele esfregando as avelãs com um pano limpo e grosso. 

2. Coe a água da demolha e bata as oleaginosas com pouca água fervente para formar uma pasta. Acrescente água quente aos poucos para emulsionar líquido e gordura.

Utilize a proporção 1:1 (o suficiente para o liquidificador trabalhar) até o creme ficar homogêneo. Alguns liquidificadores precisam de um pouco mais de água e, se for o seu caso, despeje mais água fervente aos poucos enquanto bate. Ainda com o liquidificador ligado, acrescente o restante da água em um fio contínuo e bata por dois minutos ou mais. 

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3. Coe usando uma peneira cônica ou voil. 

O bagaço pode ser usado para receitas doces ou salgadas e pode ser congelado. 

Validade: de 3 a 5 dias em recipiente limpo e fechado na geladeira.

DICA! Quanto mais se tritura a oleaginosa, mais leite se obtém. Caso o leite vegetal seja algo central no seu negócio, invista em um bom liquidificador, com alta potência e rotação lenta, como os industriais.

Existem, a cada dia, mais opções no mercado de leite não lácteos e muitos contém estabilizadores. Também vale testá-los para ver como se comportam e se os seus clientes preferem esse resultado. 

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